CAF quer dizer "Cirurgia de Alta Frequência".
Trata-se de um termo genérico que tem sido empregado no Brasil para denominar vários procedimentos realizados com um eletrobisturi de alta frequência. Na maioria dos serviços brasileiros, refere-se à exérese da zona de transformação, ou excisão tipo I, também conhecida como LLETZ (Large Loop Excision of the Transformation Zone – exérese da zona de transformação por grande alça) ou LEEP (Loop Electrosurgical Excision Procedure – excisão eletrocirúrgica por alça). Trata-se de uma técnica cirúrgica que utiliza um bisturi elétrico de baixa voltagem e alta frequência de corrente, capaz de retirar partes de tecido sem causar grande queimadura, facilitando muito o procedimento.
Assim como outras formas de tratamento, é considerado muito eficaz para lesões pré malignas do colo uterino, além de ter baixo custo e poder ser feito sob anestesia local, sem internação. Uma grande vantagem sobre outras formas de tratamento é a possibilidade de diagnóstico de toda a lesão retirada, afastando o câncer inicial não suspeitado, e a informação quanto à excisão ter sido completa (margens de corte livres de doença pré maligna).
Neste procedimento, a área doente é retirada sem dor e, muito frequentemente, sem consequências futuras. É reservada para as lesões de alto grau (neoplasias intraepiteliais graus II e III) que não penetram o canal cervical ou que não passem do seu primeiro centímetro. Para garantir menos riscos e bons resultados, deve ser feita sob visão colposcópica e por colposcopista experiente.
Com essa técnica também podem ser realizados outros procedimentos mais invasivos, como as excisões tipos II ou III (essa mais conhecida como conização do colo), em que o segmento retirado é mais profundo e pode trazer mais complicações. Usando a CAF, esses procedimentos também podem ser feitos sob anestesia local, mas preferimos fazê-los também sob sedação em centro cirúrgico com curta permanência hospitalar (em geral não mais do que 6 horas).
(atualizado em 29/12/2021)